terça-feira, 6 de março de 2012

Houve uma vez uma formatura



    Início de março de 2012, últimos dias daquele verão. A Bárbara aguardava o anúncio de seu nome para caminhar em direção ao canudo. Poucos minutos a separavam do ponto máximo daquele cerimonial. Muitas emoções tinha vivido naqueles últimos dias. Não era uma formatura qualquer, não só o fato daquele ser um momento mágico, mas as circunstâncias envolvidas conspiraram para que tudo estivesse carregado de emoção. Seu coração palpitava, olhava toda aquela gente, ali estavam seus amigos, familiares, sabia que estavam ali homenageando-a. Se aquilo que sentia era felicidade, a felicidade é um misto de ansiedade, alegria, nervosismo, apreensão. Enfim, anunciaram seu nome. Bárbara Nicoli Danielli dos Santos é agora Bacharel em Administração. 

    A Clau, envolvida em todas as fases operacionais da formatura, no instante em que chegava em casa, depois do baile, teria deixado escapar em voz alta para si mesma: “Nossa, tudo foi tão rápido”. Estaria se referindo à formatura ou à brevidade da vida? Ontem, a pequena Bárbara ainda confundia atrapassar com ultrapassar, dorroviária com rodoviária. Estávamos em Salto do Lontra, PR. Esperou o fim da ditadura militar, a promulgação da Constituição Cidadã de 1988 para mostrar seu sorriso para o Sudoeste do Paraná, e agora para todos os presentes em sua formatura. Foi tudo tão rápido, de fato. “El Tiempo Es Veloz”, diria Mercedes Sosa, por isso é preciso viver a vida. 

   Lançando um olhar para a ala de gafanhotos que infestavam as dependências do Salão, às margens do lago na AABB, e logo depois presentes nas suntuosas instalações do Clube Mampituba, onde sucederam a colação e o baile. Por fim, quando extasiados de festa, mas ainda não nocauteados, fizeram a passagem final no apartamento 401, do prédio Carajás, na residência da homenageada.
   Quem ainda não conhecia o lado divertido e cativante da Bárbara teve a oportunidade, já conhecíamos o seu encanto, não nos surpreendemos com sua aura de gafanhota.

    Se uma gafanhota já é especial, então um bando é “coisa de outro mundo”.


   Enquanto uns se preparam para o evento, salão, roupas, pinturas e tal, outros um tanto despreocupados travam uma luta mental. 

   
  
   Jackson Igor, grande Chef, bem ao estilo dos gafanhotos foi o primeiro que chegou e, claro, o último que saiu. Mas chegou pronto para colaborar, logo de início fez um manjar, nada menos que um salmão com legumes ao forno, e, obviamente, um vinho de boa safra. 


   A Bárbara e suas inseparáveis amigas. Aprontavam lá na praia, ainda pirralhas, hoje profissionais, formadas, nunca perdem uma oportunidade de continuarem escrevendo essa linda história de amizades.


  Note bem, há um piercing nos lábios dessa menina chamada Bárbara Nicoli. Os antigos maias praticavam a arte da perfuração dos lábios, uma espécie de rito de passagem para a vida adulta. Se existe somente uma raça,  a raça humana,  então temos todos um pouco do DNA dos antigos povos que habitaram a America Latina. Mas, como diz as belas palavras dos poemas da outra gafanhota Isabel Giacometi, o tempo, ah o tempo, inexorável. Veja abaixo, algum tempo depois. (Jamais teria a indiscrição de dizer que desmaiou três vezes ao colocar esse tal objeto, recuei pensando no cara que falou da moça da tequila).






   Os gafanhotos parecem sempre querer desafiar os princípios elementares, depois dos abusos da noite anterior o que se espera é a ressaca, recolhimento, mas a foto abaixo comprova que não foi exatamente isso que aconteceu.


   A magia se manifesta pelos símbolos que vão se forjando ao longo de uma história. Há, pois, uma tirada espetacular desse gafanhoto chamado Jackson Igor. Vendo que a Michele dançava samba, chamamé e qualquer música que tocasse, com a simplicidade das coisas que todo mundo via, mas ninguém ainda tinha pensado, falou: "a Michele é uma poliglota da dança". Eiah gafanhotos e suas tiradas que marcam os momentos de um encontro. 

  Agradecemos a presença de todos. Para a Bárbara, um agradecimento especial, não apenas por ter nos proporcionado a chance de vivermos esses momentos ímpares, mas também pelo presente sendo aquilo que você é.


















   Aqui, fica registrado o olhar de Jackon Higor..

   Esta noite de festa e homenagens a grande gafonhota Bárbara Nicoli, foi também para mim um momento mágico de rever este povo magnífico que chama-se gafanhoto, mas algo que nao foi escrito por este grande escritor gafanhotal , Charles Ferreira dos Santos, mas que aconteceu e foi de grande valia para o baile de formatura, em um certo momento estava um calor absurdo , então a ''tia'' Clau viu que as portas da sacada do salão estavam fechadas e então a ideia gafanhotal da festa, e em um tom de convocação a ''tia'' Clau chamou os três gafonhotos mais proximos da porta, Alexandro, Thales felipe e eu, Jackson , quebramos os arames que amarravam as portas, invadimos a sacada aos gritos de ''gafanhotos'' arrastando mesas e alegria, e como diria o grande pajador Jaime caetano Braun ''não ha quem pinte o retrato de um bochincho quando estoura'', e deste entrevero saiu até trenzinho de carnaval no meio do salão.

   Espero que em maio possamos nos reunir novamente em Ubirici-SC.

   Não importa onde estarei nem por onde andei, o que realmente importa é que sou um  Gafanhoto.


   E tenho dito.



   Jackson Higor


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