terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Cuba, novembro de 2012






















De fato, estive em Havana nos últimos dias de 2012. Pude constatar a dura realidade do cubano. Como eles próprios admitem: "É uma situação complexa, se o sistema serviu para nossos avós, para nós já não se pode dizer o mesmo". Quem somos nós, estrangeiros, para julgar esse povo? Pode-se sentir o ar de mudança nas ruas. Os pequenos negócios - saída honrosa para muitos - vão se multiplicando pelas esquinas de Havana. Há um sopro de esperança, mas por detrás de muitos olhares, há sombras de dúvidas e incertezas. Por isso tudo, amei ter conhecido Cuba e seu povo.

A Clau, a Bárbara e a Camila, companheiras de viagem, expressavam, em seus olhares, admiração e curiosidade. Quão legais foram por todo o caminho, quão divertidas. Uma parte do encanto, certamente, deve ser creditada às parceiras de viagem.

O cubano é um ser solidário, festivo, mas antes de tudo, resignado. O espírito da revolução - muito além das figuras do Chê,  nos muros da cidade, muito além das frases de efeito em favor da revolução - não consegue mais esconder a realidade. Porém, nem tudo foi em vão. O sistema mostrou ao mundo que é possível a existência de um Estado Social, uma garantia estatal do mínimo existencial, pelo menos, se a desigualdade social não for possível eliminar.

Viajar é bom; viajar e conhecer uma cultura e um sistema totalmente diversos do nosso é algo que recomendo. Não voltei mais socialista do que já era, mas voltei ciente que é possível, sim, um Estado Social com mais responsabilidade. É possível, sim, investir pesadamente em educação, não como plataforma demagógica, para angariar votos,  mas como política de Estado.

Um povo é sua história.

Hasta la victoria, siempre.

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