domingo, 29 de setembro de 2024

Considerações sobre a máxima: Vote na pessoa, não no partido.

 

Existe uma máxima que se arrasta no tempo (pois se não fosse assim não seria uma máxima*). "Vote na pessoa, não no partido". Hoje alguém repetiu essa máxima como se isso fosse o conselho mais sábio que alguém possa dar. 


I

Primeiramente vamos analisar o que a IA responde sobre isso. Todavia, ressalto que a pergunta já direciona para um ponto de vista.

Faça uma análise crítica de "Vote na pessoa, não no partido". Aborde o aspecto da ignorância política, o distanciamento de lutas sociais, a indiferença à luta de classes, a luta pela desigualdade. Pois, em suma, buscamos, além da escolha de uma pessoa íntegra, representantes que estejam alinhados com esses ideais.


A frase “Vote na pessoa, não no partido” sugere que os eleitores devem focar nas qualidades individuais dos candidatos em vez de suas afiliações partidárias. Embora essa abordagem possa parecer sensata à primeira vista, ela apresenta várias implicações críticas que merecem uma análise mais profunda.

Ignorância Política

Focar exclusivamente na pessoa pode levar à ignorância política, onde os eleitores não consideram as plataformas e ideologias dos partidos. Os partidos políticos geralmente representam um conjunto de valores e políticas que refletem uma visão de sociedade. Ignorar isso pode resultar em uma escolha desinformada, onde o eleitor não compreende completamente as implicações das políticas que o candidato apoiará.

Distanciamento de Lutas Sociais

Os partidos políticos frequentemente têm raízes em movimentos sociais e representam lutas históricas por direitos e justiça social. Votar apenas na pessoa pode desconsiderar essas conexões importantes. Por exemplo, um candidato pode parecer íntegro e competente, mas se ele pertence a um partido que historicamente se opõe a certas lutas sociais, sua eleição pode prejudicar esses movimentos.

Indiferença à Luta de Classes

A luta de classes é um aspecto central na política, aonde diferentes partidos têm abordagens distintas para lidar com a desigualdade econômica. Votar na pessoa e não no partido pode levar à eleição de candidatos que, apesar de parecerem justos individualmente, apoiam políticas que perpetuam a desigualdade. A escolha de representantes deve considerar como suas políticas impactarão diferentes classes sociais.

Luta pela Desigualdade

A luta contra a desigualdade requer uma abordagem coletiva e sistêmica, algo que os partidos políticos estão mais bem equipados para enfrentar do que indivíduos isolados. Partidos com uma plataforma clara de combate à desigualdade podem implementar políticas abrangentes e coordenadas. Votar apenas na pessoa pode fragmentar esses esforços e enfraquecer a luta contra a desigualdade.

Conclusão

Embora a integridade pessoal dos candidatos seja importante, é crucial que os eleitores considerem também as ideologias e políticas dos partidos aos quais eles pertencem. A escolha de representantes deve ser baseada não apenas na integridade individual, mas também em como suas políticas e afiliações partidárias alinham-se com os ideais de justiça social, igualdade e progresso coletivo. Afinal, a política é um esforço coletivo, e os partidos são os veículos através dos quais mudanças sistêmicas podem ser efetivamente realizadas

* As máximas um dia também se tornam anacrônicas. Por isso, é importante reavaliar e atualizar nossas máximas e princípios à medida que a sociedade avança, garantindo que eles (os princípios) continuem a refletir os valores e necessidades contemporâneos.


II

Em segundo momento, registro que isso aqui, essa abordagem, é uma conversa que faço comigo mesmo para apaziguar meu espírito inquieto.

Bombinhas, 29 de setembro de 2024.





sábado, 28 de setembro de 2024

Anotações sobre Budapeste, de Chico Buarque

 



Budapeste, romance, de Chico Buarque

Fragmentos...

Eu era talvez um elemento estranho.

Viajei trinta horas com o pensamento em branco.

Neologismo, arcaísmos, metáforas geniais, galicismos, cacófatos.

Personagens tão obscuros quanto eu mesmo.

Ela sempre tinha uma resposta para tudo.

Aristóteles era mudo até os oito anos, não sei de onde ela tirou isso.

A passagem por Budapeste se dissipara no meu cérebro.

Com um colete cáqui cheio de bolsos.

Cheguei ao Danúbio tão depressa que olhei meus pés, para me assegurar de andar com eles e não com o pensamento.

Portanto, quedei na expectativa de novas palavras.

José Costa.

Adquirindo como que rugas na voz.

Ghost-writers.

Truncar a veia criadora na plenitude da vida.

Houve um átimo de silêncio.

Quebrou uma onda mais forte.

Acho que a primavera fazia bem a ela.

Serviu um espaguete à bolonhesa preparado na hora.

Eu bicava palavras aqui e ali de línguas que conhecera, um pouco assim como um recém-solteiro sai a revisitar antigas namoradas.

Dormitei um tempo no salão de embarque.

De longe avistei a vila de casas gêmeas.

Ao som de um mar.

(Em Budapeste se fala o húngaro).

Difícil mesmo seria apagá-lo da mente.

Ali, por uns segundos tive a sensação de ter desembarcado em um país de língua desconhecida, o que para mim era sempre uma sensação boa, era como se a vida fosse partir do zero.


Resenha de "Budapeste", de Chico Buarque*

Introdução

"Budapeste", publicado em 2003, é um romance instigante que revela a maestria de Chico Buarque na construção de narrativas que exploram a complexidade das relações humanas, a identidade e o papel da linguagem. Ambientada em um universo que oscila entre o real e o imaginário, a obra narra a história de José Costa, um ghost-writer que vive em um Brasil contemporâneo, mas que se vê cada vez mais seduzido pela ideia de uma vida em Budapeste, uma cidade que se torna um símbolo de suas aspirações e de sua busca por significado.

Enredo e Temas

A trama se desenrola em torno de José Costa, um escritor que se sente perdido e insatisfeito com sua vida. O protagonista, que é de origem brasileira, vive um cotidiano repleto de convenções, mas encontra na língua húngara uma forma de libertação. Sua imersão em Budapeste, cidade que nunca visitou, é um reflexo de seu desejo por uma nova identidade, longe das amarras da sua realidade. O romance se desenvolve em um ritmo que mistura o cotidiano de José, suas reflexões íntimas e as interações com personagens que compõem seu universo — desde sua esposa, até amigos e amantes, que representam diferentes aspectos de sua vida.

Um dos temas centrais da obra é a busca por identidade em um mundo globalizado, onde as fronteiras culturais se tornam cada vez mais fluidas. A relação de José com a língua e com a cultura húngara ilustra essa busca. O ato de escrever se transforma em um ato de criação da própria identidade, onde a possibilidade de se reinventar é tanto uma esperança quanto uma armadilha. Através dessa construção, Buarque explora a relação entre linguagem, cultura e subjetividade, questionando o que realmente significa pertencer a um lugar.

Estilo e Estrutura

Chico Buarque é conhecido por seu estilo poético e suas habilidades narrativas, e "Budapeste" não é exceção. A prosa é rica em metáforas e imagens, criando uma atmosfera que cativa o leitor desde as primeiras páginas. A estrutura do romance é não linear, alternando entre flashbacks e devaneios do protagonista, o que proporciona uma leitura dinâmica e envolvente. Essa estrutura fragmentada reflete a própria confusão de José em relação à sua identidade, permitindo que o leitor vivencie essa busca de forma intensa.

Além disso, o uso da língua é uma característica marcante na obra. A maneira como José se apropria do húngaro e sua tentativa de dominá-lo se tornam uma metáfora para sua luta interna. Buarque utiliza a linguagem não apenas como um meio de comunicação, mas como um elemento fundamental na construção de identidade. A intertextualidade com a literatura e a música também é uma marca registrada do autor, enriquecendo ainda mais a narrativa e trazendo uma profundidade adicional à experiência de leitura.

Conclusão

"Budapeste" é uma obra que vai além de um simples romance; é uma reflexão profunda sobre a busca por identidade em tempos de incerteza e transformação. Por meio de José Costa, Chico Buarque nos convida a refletir sobre nossas próprias vidas e os lugares que habitamos — tanto físicos quanto simbólicos. A habilidade do autor em mesclar elementos autobiográficos, culturais e ficcionais resulta em uma obra que ressoa com o leitor, estimulando questões sobre pertencimento, linguagem e a natureza da criatividade.

Em suma, "Budapeste" é um testemunho da capacidade de Chico Buarque de transcender fronteiras, tanto literárias quanto existenciais. A obra se afirma como uma das mais importantes da literatura brasileira contemporânea, solidificando o autor como uma voz única e influente na reflexão sobre a condição humana.


* Texto criado pelo ChatGPT.


Resenha de "Budapeste", de Chico Buarque**


Budapeste, de Chico Buarque, é um romance que explora a dualidade e a identidade através da vida de José Costa, um ghost-writer carioca. Publicado em 2003, o livro é narrado em primeira pessoa e combina uma narrativa densa com um humor peculiar, características marcantes do estilo de Buarque.

A trama se desenrola entre duas cidades: Rio de Janeiro e Budapeste. José Costa, após um congresso de escritores anônimos em Istambul, acaba em Budapeste devido a um desvio de voo. Fascinado pela cidade e pela língua húngara, ele decide dividir sua vida entre o Brasil e a Hungria. Em Budapeste, ele assume uma nova identidade e se envolve com Kriska, uma professora de húngaro, enquanto no Rio de Janeiro, ele mantém seu casamento com Vanda.

A narrativa é permeada por pares simétricos e espelhamentos, refletindo a crise de identidade do protagonista. José Costa vive entre duas culturas, duas línguas e duas mulheres, o que intensifica seu conflito interno. A obra discute temas como a busca por identidade, a alienação e a duplicidade, utilizando a cidade de Budapeste como um símbolo de mistério e transformação.

O romance também aborda a questão da autoria e do anonimato. Como ghost-writer, José Costa escreve livros que nunca levam seu nome, o que o leva a questionar seu próprio valor e existência. A escrita de Buarque é rica em detalhes e metáforas, criando uma atmosfera envolvente e reflexiva.

Budapeste é uma obra que desafia o leitor a refletir sobre a complexidade da identidade humana e a dualidade presente em nossas vidas. Com sua narrativa sofisticada e personagens profundos, Chico Buarque confirma seu talento como um dos grandes romancistas brasileiros contemporâneos.


**Criado por Copilot.












segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Él ha perdido interés en la política

Él ha perdido interés en la política. Eso es una constatación triste, por varias razones. Es verdad que la política tiene aspectos que pueden provocar revueltas en las personas. Por ejemplo, la permanencia de las desigualdades sociales tan acentuadas, las cuales vienen desde siempre. Por otro lado, la casta de privilegiados se mantiene intocable con el pasar de los años. La violencia sigue siempre. La pobreza no encuentra soluciones para vencerla. Las leyes cambian en razón de intereses de grupos dominantes. Todavía, la política aún es el único camino para encontrar soluciones para esos problemas.

*Él ha perdido interés en la política, un fenómeno que no es raro en la actualidad. Muchos individuos que antes estaban profundamente comprometidos con los asuntos públicos, las discusiones políticas y los debates ideológicos, ahora sienten una creciente desconexión o incluso apatía hacia este ámbito. Las razones detrás de este cambio pueden ser diversas, y varían según el contexto personal, social y cultural de cada individuo.

Por un lado, la frustración puede ser un factor clave. Las promesas incumplidas de los políticos, la corrupción y la falta de resultados tangibles a lo largo del tiempo pueden llevar a un desencanto generalizado. Las personas sienten que sus voces no son escuchadas o que sus votos no tienen el impacto que esperaban. Esto puede generar una sensación de impotencia, alimentando la idea de que la participación política es inútil.

Por otro lado, la sobrecarga informativa y la polarización de los medios de comunicación también juegan un papel importante. Hoy en día, estamos expuestos a una cantidad abrumadora de información, muchas veces conflictiva y sesgada. La política, en lugar de ser un espacio de diálogo constructivo, se ha convertido en un terreno donde predominan los ataques personales, las noticias falsas y la manipulación mediática. Esto puede agotar a las personas y hacer que pierdan el interés en seguir el ritmo de los eventos políticos.

Además, la vida moderna plantea otras prioridades. Entre el trabajo, la familia, los estudios y las responsabilidades cotidianas, muchas personas no encuentran tiempo ni energía para involucrarse activamente en la política. En este sentido, la política deja de ser una prioridad en sus vidas, ya que se enfocan más en resolver problemas inmediatos y personales.

Finalmente, es importante señalar que la pérdida de interés en la política no necesariamente implica una indiferencia total hacia el bienestar social. Muchas personas encuentran otras maneras de contribuir a la sociedad, como a través del voluntariado, el activismo ambiental o el apoyo a causas específicas. Aunque hayan perdido fe en el sistema político, su deseo de cambio y mejora sigue vigente, solo que canalizado de manera diferente.

En resumen, cuando una persona pierde interés en la política, no se trata simplemente de una falta de compromiso cívico, sino de una serie de factores que influyen en su percepción y motivación. Es un síntoma de un sistema que, en muchos casos, no logra conectar con las necesidades y expectativas de los ciudadanos.

* A partir desse ponto, desenvolvido pelo ChatGPT, após a frase provocadora em negrito extraída do Duolingo.

Las iglesias siguen el movimento de la sociedad

 

Las iglesias siguen el movimiento de la sociedad. Es decir, las Escrituras son interpretadas a la luz del momento presente, lo que implica que todo cambia. Sin embargo, la Iglesia, por su naturaleza, es un órgano conservador. Como consecuencia, lo que tiene valor hoy puede no tenerlo mañana.


*La frase "Las iglesias siguen el movimiento de la sociedad" sugiere que las instituciones religiosas tienden a adaptarse y responder a los cambios y dinámicas que ocurren en la sociedad en la que se encuentran. Este concepto puede ser analizado desde varias perspectivas:

1. Adaptación a los Cambios Sociales: A lo largo de la historia, las iglesias han mostrado una capacidad para adaptarse a las transformaciones sociales. Por ejemplo, en épocas de cambio social o revolución, como la Reforma Protestante en el siglo XVI, las iglesias a menudo modificaron sus prácticas y doctrinas para mantenerse relevantes. De manera similar, en tiempos modernos, muchas iglesias han abordado temas contemporáneos como los derechos humanos, el feminismo y la igualdad de género, en un esfuerzo por conectar con las preocupaciones actuales de la sociedad.

2. Resistencia a la Modernidad: No obstante, esta adaptación no siempre es lineal o sin conflicto. En ocasiones, las iglesias han resistido o incluso se han opuesto a ciertos movimientos sociales. Por ejemplo, en cuestiones como el matrimonio entre personas del mismo sexo o la eutanasia, algunas denominaciones religiosas han mantenido posturas tradicionales en contraste con las tendencias más progresistas de la sociedad. Esta resistencia puede ser vista como una forma de las iglesias de mantener una identidad distintiva frente a la presión social.

3. Influencia Mutua: La relación entre las iglesias y la sociedad es a menudo bidireccional. Así como las iglesias pueden seguir el movimiento de la sociedad, también pueden influir en ella. A través de su enseñanza y prácticas, las iglesias pueden moldear actitudes y comportamientos en la sociedad. Por ejemplo, los movimientos religiosos han jugado un papel importante en la promoción de cambios sociales y en la lucha por justicia social a lo largo de la historia.

4. Diversidad Interna: Es importante reconocer que dentro de cada religión o denominación, puede haber una diversidad de respuestas al cambio social. Mientras que algunas congregaciones pueden estar a la vanguardia de los cambios sociales, otras pueden ser más conservadoras o incluso reaccionarias.

En resumen, la frase destaca la dinámica entre las iglesias y la sociedad, sugiriendo que, aunque las iglesias tienen sus propias tradiciones y doctrinas, frecuentemente se ven influenciadas por el contexto social en el que operan. Esta relación es compleja y varía según la época, el lugar y la denominación específica.

* Texto criado pelo ChatGPT, após a provocação com a frase em negrito. Essa frase vem do Duolingo.




quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Por preferência ou necessidade

Finalmente, o fim de semana chegara. Seria o momento de ficar em casa, se envolver com a família, com as coisas da casa, só que ele não se permitia esse prazer, ou desprazer, não sei. Aos sábados e domingos, por preferência ou necessidade, ele cambiava sua função da semana de balanceiro para vigilante. E assim passava mais um fim de semana com meu pai envolvido até o pescoço no trabalho. Lá em casa, era uma disputa para saber quem levaria a marmita ao meio-dia para o pai. Seria uma oportunidade rara de um fugaz momento com ele. Indeléveis recordações de minha adolescência.

Bombinhas, setembro chegou, 2024.